domingo, 3 de agosto de 2014

Monopólio (11 de março de 2014)



Suas mãos tocam minhas costas em um abraço, eu fecho os olhos e minha mente grita o quanto minha vida é errada.
São nesses raros momentos em que eu odeio quem sou.

Minha mente, meu corpo e minha alma parecem não pertencer a essa cultura romântica da monogamia.
Sinto desejo por você, mas não unicamente por você.

Minha forma diferente de amar, sem acreditar que sacrifícios da libido tenham que ser feitos para que o sentimento seja verdadeiro.
A lógica sempre se sobressaindo ao sentimentalismo exacerbado que clama por posse de seres humanos.

Cada qual pertence apenas a si próprio e por mais que eu queira te ter em minha vida...
Que sua companhia me traga paz...
Que teu corpo me leve ao êxtase...
Que teus pensamentos me encantem e tuas palavras me confortem...
Eu não quero ser amarrado nos laços das obrigações ilógicas do “amor convencional”.

A liberdade sexual faz parte do meu ser, me mantém sendo quem sou e disso eu jamais poderei abrir mão.

Para que seguir os padrões de uma sociedade que mal nos aceita?
Nós, mais do que ninguém, sabemos que o amor não é padronizado para todos os apaixonados do mundo. Então porque criar regras?

Cada um sente o que não é palpável de uma forma, a minha é essa; livre!
Amor não é algo que tenha que ser engaiolado
É algo a ser sentido!
Sem monopólio
Sem exigências
E é assim que eu te amo, deixando-te livre para “ser meu” quando você quiser “ser meu” e “ser de outros” quando sentir vontade, assim como eu.

Não somos animais monogâmicos.
Por vezes nos obrigamos a ser
Mas no fundo somos filhos de Sodoma
Somos filhos da antiga Grécia
Da França arcaica
Somos sedentos por liberdade!


E por mais que a era cristã de repressão sexual queira nos mostrar o contrário, não há nada de errado em ser livre.

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