quarta-feira, 28 de março de 2012

Exaspero...

(Foto por Milton Dias)


Olhos abertos e mente mergulhada em incertezas.

Suas acusações tocam minha alma como navalhas escorregam sobre um corte já aberto.


Frio... É assim que todos me veem, como um ser de coração congelado e corpo quente. Mas só eu sei o que arde em meu peito.

Possuo sentimentos disformes, longe do padrão dos outros. Entrego-me na carne, mas não na vida, apenas a mim pertence minha vida!

Desde que fui dilacerado por dentro, algo morreu em mim, foi levado com as gotas de sangue indevidamente despejadas.

Você não entende isso e nunca entenderá!

Não aceito cobranças que não posso cumprir. Não cairei nos seus jogos sentimentais, minha mente já exige muito de mim para ter que me deprimir com suas dores.

Para ti, minhas vagas apalavras saem como tiros de uma pistola, mas nunca foi e nunca será minha intenção lhe machucar, apenas não posso lhe iludir com doces dizeres.

Digo o que digo com a naturalidade de uma criança, meu vocabulário é recheado de disfemismos inconscientes... Te firo sem perceber, por isso o melhor é afastar-me de ti antes que provoque maiores dores.

E eu continuo no meu mundo, aspirando por paixões que para mim nunca acontecerão...

E você não entende isso, e talvez nunca entenderá!