sábado, 2 de julho de 2011

Retrocesso Evolutivo




Olhos se abrem para enxergar um céu azul, com nuvens brancas
O ar fresco com leves ventos e para compor a paisagem: árvores com suas folhas a se agitar e pássaros que voam... 
Más tudo é cinza e escuro


Chorume escorre pelo chão
Ruídos indesejáveis estupram os ouvidos com a fumaça para infestar os ares
E as árvores caem.

Crianças brincando com armas nas mãos 
E o que era para ser puro se torna o aprendizado da crueldade
Viciados se perdendo em químicas fantasiosas 
E a fome e desespero assombram aqueles que não têm lar

Líderes de olhos fechados para o seu dever e com capital entrando em suas contas exteriores
Grades por todo lado e pessoas afugentando-se em seus ninhos de ouro
O crime se assola por todos os cantos

Um voz anuncia o assalto e outra grita, e a violência corre por entre as ruas
Xingamentos soam por todo lado
E a pressão para se seguir os padrões destroe almas
Anúncios de como se deve ser e o que se deve ter invadem mentes e acabam com vidas

Uma mão se levanta e uma mulher cai e o amor passa a inexistir
Uma criança chora e perde sua infância
E por trás das paredes tudo é diferente do que os olhos podem ver

E alguém decide morrer, destruindo sua família
E o mundo chora, más a usura dita as regras e nada muda


Os olhos decidem se fechar e não enxergar o caos que se alastrou
O mundo que se esperava ver se modificou e parece não mais querer sair desse retrocesso evolutivo em que se encontra

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