domingo, 3 de agosto de 2014

Inutilidade (08 de maio de 2014)



Qual a vantagem em dizer ‘eu te amo’ se suas palavras não são creditadas?
Eu sou extremamente avesso ao mundo que me cerca, não consigo fazer nada como deveria.

Eu te amo, mas não abro mão da minha liberdade.

Eu anseio por uma profissão que não sei se serei capaz de exercer.

Eu tenho matado a minha criatividade com pequenas doses de veneno sem ao menos me dar conta disso.

Meus sonhos me assombram com suas alturas, e por mais que eu tente me manter positivamente pretencioso, me intimido com minha própria ambição.

Me sinto patético em meu relacionamento que está fadado ao término por culpa das minhas esquisitices.

Me sinto patético por ser tão desnecessário ao planeta em que habito.

Meus sonhos são mais altos do que eu consigo escalar, essa certeza me sussurra aos ouvidos mesmo quando digo inutilmente que no fim tudo dará certo.

Eu tento ser forte, mas está difícil!
Antes tudo em minha mente era mais lírico, hoje em dia tudo é mais racional.

E meu maior monstro está parado em minha porta, apenas esperando eu dizer “entre”...

Meu genitor.
Meu martírio da adolescência em todo segundo domingo de agosto.
Aquele que mudou seu nome com uma foice nas mãos...

Tudo o que eu anseio hoje é minha fuga mais antiga, fria, gelada e afiada... mas eu tenho que me manter forte, isso é passageiro, sempre é passageiro...
Sempre.. sempre... sempre...
Eu sou forte!
Eu posso ser forte!
Eu serei forte!


Sem lágrimas, sem sangue, sem burrices!

Nenhum comentário:

Postar um comentário