quarta-feira, 13 de maio de 2015

Dor (04 de abril de 2015)




Dezesseis meses de beleza, de amor.

Você me deu os dias mais belos da minha vida, e agora tudo o que sinto está tão confuso que eu nem consigo raciocinar direito.

Toda a minha vida eu fui o mais racional que pude, sempre me apoiando na lógica para não fazer algo estúpido por causa de uma paixão.

Sempre fui do tipo que sofre sozinho e chora quando não tem ninguém por perto.

Sempre tentando ser forte, não importa o que aconteça.

Vivendo com uma racionalidade sentimental sempre confundida com frieza, e mais recentemente, com covardia.

Covardia...

Não sei até que ponto essa palavra me atinge.

Eu fui covarde quando fugi de mim mesmo por medo de encarar as minhas verdades e como elas afetariam quem eu amo.

Eu fui covarde quando senti medo de me libertar das amarras sociais que me colocaram ainda na maternidade.

Eu fui covarde quando vivi sem aceitar quem eu sou.

Mas quando eu finalmente começo a tomar coragem para começar a viver minha vida do jeito que eu sempre precisei, essa palavra me é jogada com mais força do que eu poderia prever.

Ouvir as piores coisas de quem eu mais depositei carinho não é mais novidade para mim, mas mesmo assim a dor é forte.

Durante dezesseis meses eu acreditei que seria para sempre, eu acreditei que por mim você faria qualquer coisa e por você eu abriria mão de tudo.

Mas eu estava enganado, amor não vence tudo.

Eu cheguei ao meu limite e você ao seu, agora estamos os dois machucados, lidando cada um a sua maneira.

E essa noite eu me permitirei chorar mais um pouco, sentindo a sua falta na minha cama...


Mas só por mais essa noite.

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