Ela acorda em um lugar escuro
e frio.
Anos presa nesse ambiente
depressivamente sombrio, sem nunca ter tido a chance de viver uma vida real.
Angustiada pelo anseio de
sentir o gosto da liberdade.
E nós só temos uma vida...
Ela se debate, fazendo as
correntes de seus tornozelos e pulsos tilintarem, formando um som ensurdecedor
que ecoa por toda a escuridão de sua cela fria.
Ela grita.
Implora que a libertem.
Chora.
Se desespera.
Más ninguém vem ao seu auxílio.
Dia após dia ela luta contra
suas amarras, se joga nas grades que limitam seu espaço, indo sempre com o
máximo de impulso que suas correntes permitem.
E a cada dia ela grita com
mais determinação que no dia anterior.
Seu desejo de ser livre é tão
intenso que não deixa a sua força de vontade se esvair.
E mesmo que ela nunca chegue a
se libertar de seu cárcere...
Mesmo que ela nunca chegue a
sentir o vento em sua pele...
Mesmo que ela nunca chegue a ocupar um lugar fora dessa cela...
Mesmo que ela nunca chegue a ocupar um lugar fora dessa cela...
O desejo de ter uma vida é
alimento o suficiente para continuar sua existência.
Existência essa que atualmente
se encontra nula para o mundo.
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