Solidão, minha mais antiga
amiga.
Você esteve presente em todos
os momentos da minha vida, e eu nunca deixei de te acolher, te alimentar...
você faz parte da minha historia.
Com você eu aprendi a me
virar, a não ser tão dependente do afeto de outras pessoas e eu me apeguei a
você.
Você me doutrinou a não
abaixar a cabeça para ninguém, pois no fim do dia era só comigo que eu poderia
contar. E eu acreditei nisso e me viciei nesse sentimento.
E como todo viciado, eu me
afundei na minha droga.
Comecei a tirar pessoas da
minha vida ao menor sinal de desapontamento, passei a racionalizar tudo o que
sentia, e quando dei por mim, minha vida tinha se tornado uma análise fria de
tudo o que me rodeava. E mesmo os sentimentos mais intensos eram abafados por
uma avaliação a fim de classificar o que valia a pena ser sentido e o que era
melhor ignorar.
E o pior é que eu nem sei
quando nossa relação se iniciou, e menos ainda quando eu me viciei em você, o
que eu sei é que eu preciso me livrar de você.
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