Suas mãos tocam minhas costas
em um abraço, eu fecho os olhos e minha mente grita o quanto minha vida é
errada.
São nesses raros momentos em
que eu odeio quem sou.
Minha mente, meu corpo e minha
alma parecem não pertencer a essa cultura romântica da monogamia.
Sinto desejo por você, mas não
unicamente por você.
Minha forma diferente de amar,
sem acreditar que sacrifícios da libido tenham que ser feitos para que o
sentimento seja verdadeiro.
A lógica sempre se sobressaindo
ao sentimentalismo exacerbado que clama por posse de seres humanos.
Cada qual pertence apenas a si
próprio e por mais que eu queira te ter em minha vida...
Que sua companhia me traga paz...
Que teu corpo me leve ao
êxtase...
Que teus pensamentos me
encantem e tuas palavras me confortem...
Eu não quero ser amarrado nos
laços das obrigações ilógicas do “amor convencional”.
A liberdade sexual faz parte
do meu ser, me mantém sendo quem sou e disso eu jamais poderei abrir mão.
Para que seguir os padrões de
uma sociedade que mal nos aceita?
Nós, mais do que ninguém,
sabemos que o amor não é padronizado para todos os apaixonados do mundo. Então
porque criar regras?
Cada um sente o que não é
palpável de uma forma, a minha é essa; livre!
Amor não é algo que tenha que
ser engaiolado
É algo a ser sentido!
Sem monopólio
Sem exigências
E é assim que eu te amo,
deixando-te livre para “ser meu” quando você quiser “ser meu” e “ser de outros”
quando sentir vontade, assim como eu.
Não somos animais monogâmicos.
Por vezes nos obrigamos a ser
Mas no fundo somos filhos de
Sodoma
Somos filhos da antiga Grécia
Da França arcaica
Somos sedentos por liberdade!
E por mais que a era cristã de
repressão sexual queira nos mostrar o contrário, não há nada de errado em ser
livre.
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