quinta-feira, 23 de junho de 2016

"Altruísmo" (23 de junho de 2016)



Ninguém faz nada por ninguém.

Todas as nossas ações são realizadas visando nosso bem estar ou o bem estar de nossos genes, por mais que esses genes não estejam em nossos corpos.

Todas as boas ações que fazemos servem para alimentar nossa auto estima, para nos sentirmos úteis, para que nossos espíritos não sofram após a morte, ou para outras pessoas nos verem como "bons samaritanos", nada é feito pensando realmente no outro, por mais que não nos demos conta disso.

E em relacionamentos amorosos não é diferente.

Nós buscamos relacionamentos para obtermos bem estar, para sermos bem tratados, conseguirmos uma estabilidade, não ficarmos sozinhos, ter alguém para nos ajudar a levantar quando caímos.

Todas as vezes que cuidamos do outro, estamos na verdade garantindo que seremos cuidados quando precisarmos.

Todas as vezes que nos sentimos mal por vermos o outro triste, é porque naquele momento aquela pessoa não poderá nos proporcionar bem estar.

Todas as vezes que declaramos nosso amor, é para ouvirmos o quanto o outro nos ama.

E todas as vezes que nossas expectativas não são atendidas, aparecem as frustrações, as brigas, as chantagens emocionais... os términos.

Cada um com sua tática para fazer o outro se adequar às nossas vontades, ao nosso bem estar, e quem não sabe jogar perde.

O amor é uma emoção egoísta, e quando nos damos conta disso, inevitavelmente nos questionamos se a pessoa que está ao nosso lado ficaria conosco independente da adversidade que possa surgir, e a coisa mais difícil é admitirmos para nós mesmos que o risco do abandono é sempre existente.

É só uma questão de tempo.


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